quinta-feira, 4 de junho de 2015

Adivinha?Eu sei voar.

               

     Não me digam que a praticidade do seu dia-a-dia, lhe tirou as esperanças de crescer cada vez mais.Há alguns instante atrás, havia essa menina com um olhar doce e irremediável, e onde se encontra ela agora?Boa pergunta, e com uma boa resposta lhe respondo: Se tornou mulher.E como ela percebeu que essa nova fase, esse novo mundo era mais intenso, mais corriqueiro e mais emocionante ao mesmo tempo!-pois tudo tornou-se extremamente diferente do que era há alguns anos atrás-.
     Ela decidiu sozinha, libertar-se de antigas lembranças, antigos medos, e falsas esperanças.Tudo sozinha.Chorou só, cresceu só e em algum momento de sua vida, percebeu que na verdade, nunca estava sozinha.Não correu.Desistiu de fazer do crescimento uma corrida sem pódio.Seus passos lentos são o suficiente para se chegar à algum lugar e ela sabe disso.Transformou-se da cabeça aos pés, sem receio de ser contrariada, pois sabia que de alguma forma, poucas pessoas se importariam com o que ela veria, com o que ela seria e com o que ela realmente queria.
     Ela decidiu que iria dar um tempo para muitas coisas.Estava cansada de apenas ser útil por alguns instantes, então por isso, ela decidiu virar uma menina mulher: Doçura de menina e maturidade de mulher.Ela quis tanto, que conseguiu, e se tornou o que era preciso ser.
     Ela não tem o mesmo tempo disponível que antes.Ganhou novas responsabilidades, entende? Mudou seu jeito, sua forma, pois conforme ela ia mudando, o mundo girava no mesmo lado.Será frieza dizer que algumas pessoas são como copos descartáveis?Ela tem esse novo conceito como definição de alguns amigos.Não tem mais medo de andar só, mas de ser só, e isso, ela mantém até hoje.Uma boa definição para tudo isso pode se resumir em: Ela se tornou tudo aquilo que as circunstâncias de sua vida, estavam obrigando-a a ser.
     Me pergunto se ela se arrepende de ser assim, mesmo eu sabendo a resposta na ponta da língua.Talvez ela perdeu um pouco o jeito mais complicado de ver o mundo, e nisso, alimentou sua tolerância.Pois assim como cada coisa nessa vida, cada ser tem um ciclo, ela entendeu que assim como ela, muitas coisas poderiam e iriam mudar.E se lhe perguntar o que ela acha disso tudo, ela simplesmente irá responder: Agora eu sei viver, agora eu sei ser livre, agora eu sei voar[...]

Andreia Tonetto.

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