Olá!
Hoje vamos falar um pouco mais de sociologia? E quando se trata de um autor que fala de sociologia, filosofia e economia? Estamos falando dele, sim de Karl Marx! Aquele que preconizou a luta de classes, os desafios impostos pelo sistema capitalista, e a previsão do colapso e do sistema ideal. Vem conferir um mínimo de sua ideia, vem? !
Marx estuda os fenômenos sociais como um todo. Estuda o sistema capitalista como um meio que engloba as relações sociais, dando ênfase na economia e política, por serem meios que cristalizam as relações entre as pessoas, e o modo como esse sistema mercantiliza todas as coisas.
Ele se baseia na filosofia clássica alemã, socialismo utópico francês e na economia política clássica inglesa, para criar um método de análise do capitalismo. Desse processo, resulta o materialismo histórico e o materialismo dialético.
O capitalismo é visto como um modo antagônico de desenvolvimento histórico, e a dialética marxista se finda dessas relações antagônicas. Esses antagonismos se apresentam em todas as sociedades e modos de produção, mas em cada uma, há características particulares. No capitalismo, o antagonismo adquirido das relações econômicas se sobressai de todos.
O capitalismo é um sistema de mercantilização universal(pois mercantiliza tudo: produtos, força de trabalho e trabalhador), e de produção de mais valia. Ele atribui a tudo uma característica de mercadoria, que pode ser vendida e comprada.
O sistema capitalista possui duas características que os diferem dos demais: Primeiro, que o produto passa a ser mercadoria pela circunstância do seu processo, onde o trabalhador oferta sua força de trabalho por um salário; e segundo, há a produção de mais valia.
Estas duas caraterísticas são produtos de uma relação de dependência, antagonismo e alienação entre o capitalista e o trabalhador. A mercadoria está em face do produto produzido necessário para pagar o seu salário e a mais valia, que é o excedente de produção, voltado ao capitalista.
Pelo lado dialético, são compreendidas como relações de antagonismos. São também produtos da cristalização do sistema capitalista. O capitalismo precisa ser pensando de modo concreto para que ele possa ser compreendido e compreender as relações antagônicas. Ele precisa ser pensado pelo proletariado, que é o seu polo negativo, para que possa se desenvolver, pois assim todas as classes se realizam e percebem que são entre si, categorias antagônicas.
O materialismo histórico e o materialismo dialético se completam. Durante toda a sua obra, transformou suas ideias em documentos que produzem o método e a interpretação do capitalismo. Sua ideia centrar do materialismo, é que o material é transposto na mente do homem, ou seja, para que as ideias sejam construídas é necessário haver uma base material.
Se não fosse uma análise dialética, não haveria a transparência de ideias e desvendamento das definições ocultas e místicas, para um real entendimento do capitalismo. Com o estudo do fetichismo da mercadoria, ele busca ver e examinar como a mercadoria é vista pelo capitalista, pois ela aparece de fato como não é. Ela se apresenta como independente do produtor e das relações de produção. Essa ideia não se relaciona com sua forma física, mas sim com sua relação social concreta, que deriva dessa relação material entre os homens.
Enquanto há essa ideia de existência e persistência das relações alienadas entre as pessoas, os grupos se desenvolvem entre si e com seus produtos. Nisso, o fetichismo é indispensável e tem plena eficácia.Porém, se realizar a descoberta científica verdadeira, que passa a desvendar as relações, tudo o que foi encoberto pela ideia de fetichismo passa a aparecer e esse, perde sua eficácia. na análise de Marx, o capitalismo se torna transparente em todos os seus aspectos.
A análise dialética constitui e transforma o objeto, uma vez que ele o compreende e desvenda suas definições ocultas, seu fetichismo, e disso resulta a transparência do que o homem tem de si mesmo e propositalmente, do sistema que ele está inserido. Ele toma como objeto de estudo o modo de produção capitalista, e a essência, a mais valia e o proletário que a produz.
Suas ideias ressaltam as condições e consequências antagônicas que levam á luta de classes. O desenvolvimento e a transitoriedade ao capitalismo se dá pelo desenvolvimento desses antagonismos e lutas.
O colapso do capitalismo é marcado pela luta entre as classes burguesas(que criaram o sistema) e o proletariado(que negam o sistema), pois estes são os dois pilares substanciais desse regime.
Marx afirma que outros estudaram sobre esse sistema, essas lutas, mas o que ele fez de novo foi determinar as fases históricas que se desenvolveu a produção, que essa luta leva a uma ditadura do proletariado e essa ditadura levaria a uma transição, onde as classes seriam abolidas e todos seriam iguais.
O indivíduo passa a ser um produto, quando vende sua força de trabalho ao seu benefício, para o capitalismo em benefício dele. De certa forma, passa a pertencer ao capitalismo, junto com o maquinário, que ao mesmo tempo vai digerindo. Isso é o resultado da divisão do trabalho.
Essas são duas classes revolucionárias e antagônicas. Na medida que uma instaura o sistema, a outra, alienada ao sistema de produção, busca destruí-lo para sair dessa situação. A partir do momento que o proletário começou a perceber sua situação, uniu-se em sindicatos e associações, como meios de atingir seus fins particulares(alterar aquela situação) e fins políticos. Se tornam uma classe com objetivos pessoais e políticos, como meios de instaurar uma ditadura do proletariado e trazer uma ruptura burguesa, pois esta classe é a única que pode trazer mudanças.
Marx afirma que há uma singularidade na mercadoria, pois esta exprime uma alienação entre trabalhador e capitalista. Ela possui um valor de uso(é qualitativa, exprime-se pela necessidade de satisfação) e valor de troca(é quantitativa, se exprime pela capacidade de ser trocada por outra mercadoria). Estes se cristaliza, pelo valor do trabalho, que é a potência de produção.
O lucro é obtido pelo excedente de produção, que é aquela que sobre após o operário ter produzido o suficiente para pagar seu salário, e é denominada mais valia. A mais valia pode ser absoluta(estender a jornada de trabalho) ou relativa(optar por outros meios para otimizar a produção).
A dominação de capitalista sobre operário se dá pelas condições de trabalho, onde o capitalista detém todos os meios de produção. Estes são sugadores de trabalho.
Dentro das industrias, os trabalhadores não possuem uma consciência de si e da posição que ocupam. A concorrência pelos salários estimula o processo de coalização, que é o processo que acaba com o fim da concorrência entre os próprios funcionários e gera com os capitalistas.
A consciência social se exprime nas relações sociais e esta, só é possível, se cada um tiver consciência de si e do outro. A auto consciência é gerida quando um se enxerga no espelho do outro.
Os capitalistas e os operários só terão consciência do que são e dos seus papeis sociais, quando um reconhecer o outro e o processo envolvido entre eles, os detalhes que fazem com que isso seja possível. A análise dialética é necessária para a compreensão destes para que a relação seja reconhecida.
Essas relações de antagonismos e alienação é o polo central entre o capitalista e o operário. Com o surgimento da liberdade religiosa, liga-se a livre circulação de pessoas e mercadorias, pegando por exemplos algumas situações protestantistas para explicar esses fenômenos. Os fenômenos protestantes formam as primeiras manifestações da consciência burguesa, tendo ali suas raízes capitalistas.
A perspectiva que cada classe tem de si é determinante para a produção de sua própria consciência, não levando sempre em conta os objetivos e seus próprios interesses, mas sim uma vasta teias de ideias predominantes. A partir da consciência, cada classe passa a ser organizar de modo que cada uma tente sempre rebatar a outra.
A classe burguesa dá ênfase nos problemas da economia política, pois esta constrói as bases de relação entre as classes.
A partir de tantos fatores dentro desse âmbito capitalista, os proletários passam a compreender essa situação antagônica e alienada que fazem parte, e de que a burguesia é sua classe antagônica.
Referências: MARX, Karl.1818-1883
Karl Marx, sociologia/ organizador [da coletânea] Octavio Ianne : Tradução de Maria Elisa Mascarenhas Ione de Andrade e Fausto N. Pellegrini].-2 ed.-São Paulo. Ática.1980
(Grandes cientistas sociais ;10)
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