segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conversa a duas: Além das estrelas, capítulo 6


Capítulo VI
Com tudo o que estava acontecendo, eu tive mais tempo para perceber como minha vida havia mudado tanto, de uns meses para cá. Nós temos um costume muito porco de não olharmos as coisas em nosso redor, de não sermos mais humanos do que deveríamos, de não sermos tudo o que queremos e precisamos ser por isso, ás vezes passamos uma vida toda tentando buscar respostas para tudo isso, quando na verdade, as respostas para tudo o que precisamos, estão em nós mesmos, e, em alguns casos, primeiramente encontraremos em nós, para depois buscarmos lá fora.
            E devemos sempre nos lembrar disso, principalmente quando estamos “em busca” da felicidade. Eu encontrei a verdadeira felicidade, não quando o conheci, mas quando primeiramente, me preparei me conheci me encontrei me amei, para assim, poder enxergar a felicidade refletida em ti, para assim poder te amar. São coisas tão simples que todos deveriam fazer, principalmente se você é sonhador como eu, que quer amar e amar, sem receios, dúvidas  ou medos.Por isso só “acertei”, quando decidi em mim mesma descobrir que eu posso ser o melhor por mim, para mim, e o melhor para quem meu coração traçou em minha vida.
            Houve um tempo em que beijos e abraços tinham um significado maior, e parece que hoje em dia, os românticos que são os tolos e os medíocres que são felizes, afinal lhes afirmo que não existe ninguém mais tolo, do que aquele que se recusa a amar, que vê um relacionamento como um cadeado que o prenderá de tudo... Que ingênuos, que bobos, mal sabem que a melhor das alegrias desse mundo, é do amor correspondido, de todo e qualquer sentimento correspondido, até mesmo o ódio, que por ser uma palavra tão dura, ainda sim é um sentimento.
            Pensando deste modo, quase que por um fio, me tornei uma tola. Pensar que um dia, eu havia prometido para mim mesma jamais voltar a amar, pensar que em minha cabeça havia loucuras me colocando contra o amor... Quanta infantilidade! Mas esta seria uma infantilidade de tolos, porque o amor é um sentimento tão nobre, que habita o coração de qualquer criatura, de qualquer idade.
            Mas ao me dar essa segunda chance, pude reconhecer que coisas boas ainda poderiam acontecer em minha vida, mesmo que tenha demorado a chegar. Talvez no fundo eu ainda tivesse um pouco de esperança para não desistir tão cedo do amor e talvez por isso, que ele tenha decidido me encontrar, pois foi justamente quando eu já havia parado de procurá-lo, que ele me encontrou. E aqui retornamos para a velha teoria do “o amor está em busca dos distraídos”.

O amor é um barco a vela posto no mar. Há seus receios, há dúvidas, mas quando temos certezas que o barco é seguro, embarcamos sem medo e confiamos sem penar no capitão que escolhemos ter sempre ao nosso lado. E quando confiamos, não há mais medo, o rumo se torna o foco, as paradas precisas, as tempestades enfrentadas sempre vencidas, pois são elas que irão nos deixar experientes, maduros, para continuar conduzindo o nosso barco. Não sabemos ao certo para onde vamos, mas sempre iremos saber que o importante é apenas ir.

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