sábado, 13 de setembro de 2014

Conversa a duas: Além das estrelas, capítulo 9


Capítulo IX
            Senti uma imensa curiosidade para saber como havia sido o primeiro encontro deles. Percebi que a cada pouco, ela parecia estar tentando recordar detalhes importantes para me contar e além disso, parecia que um infinito havia se instalado em sua memória.Até que me obriguei a perguntar como havia sido o primeiro e grande encontro de suas vidas.
            Ela instantaneamente sorriu quando ouviu minha pergunta, foi como se ela tivesse voltado ao tempo e revivido tudo aquilo em apenas alguns milésimos de segundos, até que por fim sorriu e me disse:
            -Foi mágico. Eu nunca havia experimentado uma alegria tão imensa como esta, se de estar ao lado de quem mais amamos, ainda mais, quando esse amor é correspondido...Pela primeira vez estava me sentindo  tão feliz que havíamos vencido aquela barreira da distância, que agora as únicas coisas que importavam era nossos beijos, abraços, nossa troca de amor e olhares, que alimentavam mais ainda aquele sentimento e sei que estava dando a certeza á ele que aquilo era realmente real, que eu valeria a pena, que valeria a pena ele me esperar...Que eu saberia fazê-lo muito feliz.Ele me esperou, eu o esperei e por uma vida toda juramos amor eterno, e pela primeira vez eu tinha a certeza de que eu seria feliz.
            As pessoas deveriam deixar por um momento os problemas da vida, tudo aquilo que as atrasa e sorrir para o mundo, sorrir para a felicidade. Vejo todos os dias pessoas deixando várias lágrimas caírem por pessoas que nem ao menos se adoram, enquanto há tantas pessoas por ai tentando buscar mais oportunidades para fazer alguém feliz.
            -Eram 11 horas, do dia 15 de dezembro de 2012. Estava calor, a manhã estava bonita e eu mais ansiosa estava do que bela.Eu só sabia olhar para o relógio e ver como o tempo estava querendo custar pra passar, parece até mesmo que era proposital..Única coisa que me vinha nos pensamentos, era de poder estar jogada em seus braços em medo ou receio de nada.Quando me dirigi até o terminal rodoviário, algo estava apertando meu coração, uma sensação estranha, mas boa.Única opção que me restava era sentar e aguardar a sua chegada..Fiquei tão nervosa que fui capaz até mesmo de ir encher a paciência da atendente.Quando me informei sobre o horário do ônibus fiquei feliz que faltava só um pouco e ele estava lá, ele realmente estava vindo.Fiquei tão nervosa que mal pude me sentar, mas me sentei, talvez para evitar um desmaio repentino.
            -Quando dei por mim, o ônibus estava chegando e eu não sabia se encarava para ele que estava quase estacionando, ou se continuaria olhar para minhas próprias mãos com o propósito de disfarçar meu nervosismo. Mas não me contive, tive que manter meus olhos ligados a cada movimento, até quando parou.Os vidros eram escuros, mas vi um vulto se movendo com algumas mochilas, era ele.Era um vulto, mas eu sabia que era ele, meu coração sabia que era realmente ele, e não tive nenhuma outra reação quando ele estava descendo as pequenas escadas, senão correr para seus braços, como se nada mais importasse, como se tudo poderia ser deixado pra trás, pois apenas nós dois me importava naquele momento.Quando o abracei, simplesmente vi meu mundo girar e o tempo parar..Esse meu jeito todo bobo e derretido conseguiu fazer com que ele me chamasse de mulher chorona.Nunca mais me esquecerei disso, nunca mais, pois esse foi o 3º melhor dia de toda a minha vida.O primeiro foi quando o conheci; o segundo quando ele disse que me amava e o terceiro quando o encontrei pela primeira vez.
            Às melhores alegrias dessa vida, são aquelas em que se for possível, trocaremos tudo o que tivermos para vivermos

Nenhum comentário:

Postar um comentário