Todos andam em busca de um amor calmo e passível de compreensão. Percorremos uma vida inteira, rodando o globo acreditando que nunca seremos felizes. Que ilusão! Confesso que eu pensava nisso até uns 3 anos atrás, mas percebi que isso não passa de uma fase que perturba as ideias e deixa turvo o pensamento. Todos nasceram para serem felizes e todos nasceram para amar.
Você não está sozinho no mundo. Há uma imensidão de pessoas, que assim como você, também sentem necessidade de amar e de serem correspondidos. Isso serve como uma forma de consolidação da felicidade, que nos distancia sabiamente da definição de amor platônico.
O amor se aproxima dos distraídos. Há quem não pense desta forma e se não pensar, peço para que me demonstre ao contrário. Duvido que você consiga viver todos os anos de sua vida em uma constante busca incessante de encontrar alguém em que possa se apoiar, sem ao menos parar no meio do caminho para descansar e para retomar a missão, onde utiliza esse tempo para repensar o que verdadeiramente procura. Duvido, que a maioria dos que julgam o amor um sentimento frívolo e cruel, já fizeram essa parada necessária para si mesmo.
Se encontrar, é o que muitas pessoas precisam fazer, antes de tentar encontrar alguém. Não são baboseiras, são reflexos de experiências que acumulei no decorrer de minha vida.
Eu também já fui assim, ansiosa em todos os sentidos, principalmente no que se trata em pausar o caminho, repensar e me reencontrar e quando, pela primeira vez pensei em fazer nisso, senti o amor se aproximar de mim, como se eu fosse um imã que atraiu o amor mais sólido e verdadeiro que pude encontrar pelos caminhos que tracei. Fui tão tola, tentava rodar o mundo para encontrar a felicidade e quando dei por mim, a felicidade estava ao meu lado, bem pertinho de mim.
Me prove que o amor não pertence aos distraídos, que eu refaço meu poema. Até hoje, nunca vi alguém que se manteve nessa procura incessante desse sentimento, ter conseguido com tanto sucesso. É possível ser feliz sozinho, mas é uma questão de escolha não querer estar. A solidão machuca, assusta afasta e nos assombra. Ninguém gosta de viver constantemente com medo, principalmente quando se tem um coração límpido e pronto para aconchegar amor e ternura.
O amor possui um instinto maternal, talvez seja por isso que ele se manifesta primeiramente no laço materno, onde este é puro, verdadeiro e único. Um laço inquebrável, indesmontável, que permanece conosco até o final da vida.
O amor é de fina natureza, pertencente aos distraídos.É impossível chamar de atento aquele que ama. Vivo numa imensa distração diariamente, vivo amando.
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