sábado, 28 de novembro de 2015

Especial de filosofia: Primeira meditação de Descartes

Olá !

       Hoje eu trouxe um post bem bacana à respeito de filosofia. Sei que muitos não gostam por falta de hábito de ler e conviver com ela, ou por sentir dificuldade em compreender os textos filosóficos. Acredito que com o tempo e o hábito em lidar com uma leitura mais sofisticada, você passa a compreender melhor. Por isso, trouxe um resumo de Descartes, sobre sua primeira meditação, que fala a respeito do método da dúvida para descobrir a veracidade das coisas. Vamos conferir?

                               

Primeira meditação 
-Exposição do método da dúvida, como meio para se livrar dos preconceitos, não se prender às ideias falsas, nem aos sentidos, enfim, para chegar até a verdade; 
-Afirma que todas as ideias e conhecimentos que possuía desde novo são falsas e as coloca em dúvida; 
-Se dentro de uma ideia, eu encontro um ponto falso, ou seja, algo que me coloque em dúvida, posso considerar aquela ideia falsa; 
-São os princípios que formam as ideias, por isso, para destruir as ideias falsas, basta atacar seus princípios e não a ideia completa; 
-1ºGrau da dúvida: Argumento do erro dos sentidos; Todo o conhecimento que possui até agora foram obtidos pelos sentidos, porém os sentidos podem nos enganar, e uma vez que nos enganam, não podemos voltar a confiar plenamente neles novamente; 
-Porém há algumas ideias simples oriundas dos sentidos, das quais não podemos nos enganar; 
-2ºGrau da dúvida: Argumento do sonho; Aqui ele coloca em dúvida a questão do sonho, pois este, pode estar o enganando. Questiona, como saber se ele está acordado ou dormindo, sendo que os sonhos podem nos transmitir coisas iguais ou semelhantes à realidade; 
-A nossa imaginação não pode criar coisas do nada, ela sempre pega algo já existente, vista ou pensada para criar a associação das coisas; 
-Há algumas coisas que vemos nos sonhos por exemplo, que são verdadeiras e existentes.  
-As cores são ideias simples e universais que são verdadeiras tanto nos sonhos quanto na realidade. Todas as coisas possuem princípios simples e universais, que são as cores; 
-Dúvida das coisas compostas: Todas as coisas são compostas de princípios simples, e estes formam as coisas complexas. Quanto mais simples algo for, menos suscetível à dúvida ele pode ser, pois ele é formado de ideias simples. Quanto mais complexo algo for, mais suscetível a dúvida, pois ele é formado de várias coisas que necessitam ser postas e dúvidas e comprovadas para saber se é real ou não; 
-São consideradas ideias simples contidas nos objetos: Figura, extensão, grandeza, número, lugar e o tempo; 
-Coisas manifestas não incorrem dúvidas. Nisso, todas as ciências compostas e que dependem então delas são passíveis de falsidade , como a medicina, física e astronomia. Ciências compostas de princípios simples e gerais, não desencadeiam dúvida, pois devido sua simplicidade e generalidade, eles implicam se tais princípios estão fora ou dentro daquilo, pois é manifesto. Como por exemplo a aritmética e a geometria. Pois, acordado ou dormindo eles serão e se manifestarão do mesmo modo; 
-Fim do argumento da dúvida: Argumenta a respeito de um Deus que criou tudo o que existe e que pode todas as coisas, sendo que ele também é a criação desse Deus. Como esse Deus criou tudo, inclusive ele, fica certo de que ele sente tudo isso, e que as coisas não pareçam ser diferente do que ele sente que são; 
-Julgo os demais que acreditam saber das coisas, que presumem saber a perfeição, e desta forma estão sendo errados. Questiona se ele, por estar criando esse julgamento, não está errando também, quando ele afirma que a aritmética e a geometria são corretas, sendo que elas podem ser falsas; 
-Questiona se Deus, como sumamente bom, pode permitir que ele se engane. Se ele foi criado e é permitido errar, isso causa repugna à bondade de Deus, e essa bondade, irá repugnar a permissão para que ele erre ás vezes, mas isso não pode ser afirmado; 
-Passa a não contraditar aqueles que negam à Deus. Suponha-se  que ninguém o criou, que o que ele é deriva de acasos e de fados,  então, que ele é imperfeito por que sempre erra, e quanto menos poderoso for o  autor que designa sua origem , mais imperfeito ele será, pois irá errar. 
-Ressalta que podemos errar de tudo, e que deve cuidar o que é aceito como certo, se, através das ciências quero encontrar algo certo. 
-As opiniões vivem reaparecendo na credulidade dele e contra sua vontade, ele acaba as aceitando. As opiniões não podem ser consideradas coisas verdadeiras. 
-Pelo habito construído com elas, possivelmente ele irá aceitá-las facilmente , enquanto não utilizar do método da dúvida, para desconstruí-las; 
-Se ele enganar a si mesmo com essas opiniões e finja isso ocorrer por algum tempo, haverá um momento em que ele vá incessantemente em busca do conhecimento verdadeiro ; 
-Argumento do gênio maligno : Como Deus é bom, não o enganaria. Então ele cria o argumento do gênio maligno, que este é poderoso e o engana. Ele pode não possuir o poder de conhecer algo verdadeiro, mas ele negará tudo o que é falso e tudo que for falso que tente se infiltrar em sua crença, e nisso, o enganador não pode impor à ele as coisas; 
-O processo de conhecer o verdadeiro é trabalhoso , e ele volta ao costume às opiniões antigas, mas espera em breve conhecer a verdade, através dos meios e dificuldades citadas por ele. 

Referências retiradas direto do livro de Descartes.

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