sábado, 14 de novembro de 2015

Vulnerabilidade da população em relação ao crime

Olá!
                   
     É importante frisar que o crime é todo o ato cometido, que vai contra as normas e regras de uma determinada sociedade, onde essas, representam a vontade dos membros daquele grupo. Além disso, os índices de criminalidade têm aumentado consideravelmente, tanto dos crimes contra o patrimônio, quanto os crimes contra a vida. Segunda a revista Veja, o Brasil é o 11º país mais inseguro do mundo para se viver. Essa insegurança é refletida pelas desigualdades sociais presentes em nossa sociedade.
     A desigualdade social que temos enfrentado, é o resultado de anos de riquezas naturais e econômicas desproporcionais entre as regiões e entre os indivíduos, e de fato, ela é um dos maiores fatores que contribuem para esse aumento no índice de criminalidade, tanto para os ocorridos, quanto para a inserção de cada dia mais haver mais jovens se envolvendo com a criminalidade.
    Com o passar do tempo, com os altos índices de criminalidade, temos percebendo que a população têm se tornado vulnerável em relação à isso, tanto ao temos às ondas violentas que têm sido concretizadas, quanto a parcela da população que vem aderindo aos atos ilícitos. Não vamos nos ater em relação aos crimes de colarinho branco. corrupção, que são crimes cometidos por pessoas que possuem uma boa qualidade de vida, e esta, faz fazer de uma análise mais aprofundada. Vamos nos ater a fatores que se relacionam com participação direta na vulnerabilidade, que aqui abordaremos com o temos dos atos criminosos e como a fraca barreira existida entre a sociedade e entre o indivíduo que entre para a realidade do crime.
     É certo que desde a época dos suplícios, até chegar nos dias de hoje, a concepção que os indivíduos possuem da justiça se alterou muito com o passar do tempo, assim, como os índices de violência. Quando estudamos sobre a questão da evolução das penas, percebemos que com o passar do tempo, se tornaram menos dolorosas e degradantes para o indivíduo, e juntamente com diversos fatores sociais importantíssimos, como a falta de saúde, educação de qualidade, falta de assistência social, que não viabiliza e viabilizou mutas vezes a formação e estruturação de uma família adequada que culminam a falta de oportunidade, levaram os indivíduos a ingressar na violência, transformando a realidade social em uma moeda de dois lados: Primeiro, que através da violência, os jovens criaram a ideia de que com ela, é mais fácil conseguir as coisas, principalmente na questão da subtração de objetos e de tráfico, que movimentam quantidades pequenas e grandes de dinheiro; e concomitantemente, ocasiona que a população se vê frágil diante disso, pois ao mesmo tempo que fica sem reação, desacredita na polícia, na justiça e até mesmo no próprio direito.
     Nessa questão, há um certo confronto das sociologias weberiana e durkheiminiana, quando se trata da construção e concepção dos valores do indivíduo. Para Weber, o indivíduo está constantemente tomando decisões, e estas, levam a construção de seus próprios valores; onde já para Durkheim, o indivíduo está constantemente recebendo valores da sociedade, sendo captados pelas instituições sociais. Com a análise da relação dessas teorias, ao entrelaçarmos, criamos a realidade da qual fazemos parte.
     A partir dessas análises sociológicas, criou-se uma análise mais psicológica, relacionado ao termo sociedade do risco. Quando abordamos isso, chegamos a conceituação de risco e vulnerabilidade, que não podem ser confundidas, mas sim utilizadas em conjunto. Vulnerabilidade existe quando há a presença do risco, ou seja, diríamos que o meio é de risco, e a vulnerabilidade trata da atuação do indivíduo nesse meio.
     O comportamento dos indivíduos está relacionado a sua vulnerabilidade, onde essa, é definida por diversos fatores sociais que interferem nela, mais principalmente o fator econômico. Conhecemos esses fatores sociais e agir diretamente neles, além de tirar uma parcela o tipo ideal de vulneráveis, faz com que possam haver ações que venham a agir contra a discriminação social que é produzida neles. O desenvolvimento social e psicológico está intrinsecamente relacionado aos baixos níveis econômicos. Logo percebemos que o grupo de pessoas mais pobres, possuem vulnerabilidade social e psicológica muito maior do que de um indivíduo bem estruturado.
     A partir do crescimento econômico de um país, que venha a gerar mais renda, geração de empregos e oportunidades, sejam elas então profissionais ou educacionais, a vulnerabilidade desse grupo virá a ser atenuada. Mas para que isso ocorra, é preciso haver um reconhecimento da sociedade e do governo, perante aqueles grupos, para assim, haver investimentos e soluções perante esse problema. Tratar seus desiguais na medida de sua desigualdade.
     É imprescindível que haja um entrelaçamento entre família, sociedade e governo, para que atuem em conjunto na formação da criança. Pois ela precisa perceber que está acolhida em um ambiente bem estruturado, com uma base de apoio composta por meios formais como creches, escolas, enfim, presentes para a criação de oportunidade e no apoio familiar, seja ele econômico ou familiar,
     Podemos dizer então, que vulnerabilidade, é a exposição a riscos de um grupo com baixa capacidade material, simbólica e comportamental, para lidar com diversas situações que se defrontam.
     Sem uma base econômica, as famílias pobres enfrentam desafios como a baixa escolarização, baixa nutrição, baixo desenvolvimento, seja fisiológico ou psicológico, e dentre outros problemas que acabam desencadeando. Com essas brechas sociais, o crime surge para muitos indivíduos como uma tentativa de suprir lacunas deixadas pelo estado e por toda a sociedade. Ao mesmo tempo que vai aumentando a adesão à criminalidade por boa parte da população mais carente, a sociedade toda se vê menos protegida.
     Para Giddens, vivemos em uma sociedade de risco. Além de trazer mais riscos à humanidade, ela cria novas relações de conhecimento dentro da sociedade. 
     Quando lidamos com ações preventivas de risco, não tentamos elucidar apenas de imediato as situações de risco, mas tentar eliminar as diversas situações que futuramente poderão surgir devido as situações de riscos expostas no presente.
     Se os indivíduos não estiverem assegurados contra imprevistos causados pelos riscos, viverão na insegurança, pois o risco social compromete a capacidade dos indivíduos de assegurar por si mesmos sua independência social. Então, é preciso haver uma estabilidade por parte do estado, e assim ocorra a correlação entre as necessidades de proteção e a falta de proteção para que haja então atitudes políticas preparadas a enfrentar essa situação. A partir do momento que o estado oferece meios para o indivíduo se sentir seguro socialmente, diminuirá essa vulnerabilidade social, tanto na entrada de indivíduos na violência, quanto à diminuição da insegurança por parte da população.

Nenhum comentário:

Postar um comentário